quarta-feira, 11 de junho de 2008

Prefácio dos Marotos

Esse é o prefácio dos Marotos (Tiago Potter e Sirius Black). Passa-se antes dos livros de Harry Potter. Esse manuscrito, de cerca de 800 palavras, foi recentemente leiloado para caridade. O valor? Vinte e sete mil libras!

A tradução é do site Potterish.

HARRY POTTER
A história dos Marotos
Waterstone’s ~ JK Rowling
11 de junho de 2008
Tradução: Eduardo Andrade


A motocicleta fez a curva acentuada tão rápido na escuridão que ambos os policiais no carro de perseguição gritaram “Uou!”. O Sargento Fisher forçou seu enorme pé no freio, pensando que o garoto que estava no banco de trás com certeza seria atropelado para baixo de suas rodas; porém, a motocicleta fez a curva sem derrubar nenhum de seus ocupantes, e com uma piscada da sua luz traseira vermelha, desapareceu na apertada rua lateral.
― Pegamos eles agora! - exclamou animado o agente da polícia Anderson. - Isso é um beco sem saída!
Segurando forte na direção e enfrentando seus medos, Fisher destruiu metade da pintura da lataria ao forçar o carro pelo beco na perseguição.
Lá sob a luz dos faróis estava sentada a presa, parada finalmente após um quarto de hora de fuga. Os dois motoristas estavam presos entre uma alta parede de tijolos e o carro da polícia, que agora estava se aproximando deles como um predador rosnando, de olhos luminosos.
Havia tão pouco espaço entre as portas do carro e as paredes do beco que Fisher e Anderson tiveram dificuldade em se soltar do veículo. Feria a dignidade ter que se arrastar, que nem um siri, até os malfeitores. Fisher puxava sua generosa barriga pela parede, arrancando botões de sua camisa enquanto ia, e finalmente arrancando o espelho retrovisor com sua parte traseira.
― Saiam da moto! - ele gritou para os jovens com risos de desdém, que estavam sentados confortáveis na brilhante luz azul como se estivessem aproveitando.
Eles fizeram o que foram mandados. Finalmente se livrando do espelho retrovisor quebrado, Fisher os encarou. Eles pareciam estar no fim da adolescência. O que esteve dirigindo tinha um longo cabelo preto; sua boa aparência insolente desagradavelmente lembrava a Fisher o namorado vagabundo e guitarrista de sua filha. O segundo garoto também tinha cabelo preto, mas esse era curto e espetado em todas as direções; ele usava óculos e tinha um largo sorriso. Ambos estavam vestindo camisetas com o emblema de um grande pássaro dourado; o emblema, sem dúvida, de alguma banda de rock desafinada e ensurdecedora.
― Sem capacetes! - gritou Fisher, apontando de uma cabeça descoberta para a outra. - Ultrapassando o limite de velocidade por… por uma quantia considerável! - De fato, a velocidade registrada tinha sido maior do que Fisher poderia considerar qualquer motocicleta capaz de viajar. - Não parando para a polícia!
― Nós amaríamos parar para uma conversa, - disse o garoto de óculos. - mas é que nós estávamos tentando…
― Não se faça de esperto, vocês dois estão em uma baita encrenca! - rosnou Anderson. - Nomes!
― Nomes? - repetiu o motorista de cabelos compridos. - Er… bem, vamos ver. Existe Wilberforce… Bathsheba… Elvendork…
― E o é legal desse aí é que você pode usá-lo para um garoto ou uma garota - disse o garoto de óculos.
― Ah, os nossos nomes, você quis dizer? - perguntou o primeiro, quando Anderson balbuciou com aspereza. - Você deveria ter falado! Esse aqui é Tiago Potter, e eu sou Sirius Black!
― As coisas estarão seriamente pretas para você em um minuto, seu insolentezinho…
Mas nem Tiago nem Sirius prestavam atenção. Eles estavam de repente tão alertas quanto cães de caça, encarando algo atrás de Fisher e Anderson, acima do teto do carro policial, na entrada escura do beco. Então, com movimentos fluidos idênticos, eles colocaram as mãos em seus bolsos traseiros.
No espaço de um batimento do coração, os dois policiais imaginaram armas brilhando na direção deles, mas um segundo depois eles viram que os motociclistas tinham retirado nada mais do que…
― Baquetas? - ironizou Anderson. - Um par de piadistas vocês, não são? Certo, estamos prendendo vocês sob a acusação de…
Mas Anderson nunca chegou a nomear a acusação. Tiago e Sirius tinham gritado algo incompreensível, e os raios de luz dos faróis se moveram.
Os policiais giraram em volta e depois caíram de costas. Três homens estavam voando - realmente voando - pelo beco em vassouras - e no mesmo momento o carro de polícia estava se apoiando em suas rodas traseiras.
Os joelhos de Fisher falharam; ele sentou com força. Anderson tropeçou nas pernas de Fisher e caiu sobre ele, enquanto ‘flãmp’ - ‘bárp’ - ‘cranche’ - eles ouviram os homens nas vassouras baterem no carro levantado e despencarem, aparentemente inconscientes, no chão, enquanto pedaços quebrados de vassouras caíam ao redor deles.
A moto tinha ganhado vida de novo. Com sua boca entreaberta, Fisher dominou a força para olhar de volta aos dois adolescentes.
― Muito obrigado! - disse Sirius acima do ronco do motor. - Nós devemos uma para vocês!
― É, foi legal conhecê-los! - disse Tiago. - E não esqueçam: Elvendork! É unissex!
Houve um barulho de tremer a terra, e Fisher e Anderson jogaram seus braços ao redor um do outro com medo; o carro deles tinha acabado de cair de volta ao chão. Agora era a vez da motocicleta levantar. Em frente aos olhos descrentes dos policiais, ela andou em pleno ar: Tiago e Sirius decolaram no céu noturno, com o facho da luz traseira brilhando atrás deles como um rubi desaparecendo.

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sábado, 7 de junho de 2008

Indiana Jones e o Templo da Perdição



Dreamaster, essa é para você....

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